PINTO, Fernão Mendes.- DE WONDERLYKE | REIZEN | VAN | FERNANDO MENDEZ PINTO; | Die hy de tijt van ...

PINTO, Fernão Mendes.- DE WONDERLYKE | REIZEN | VAN | FERNANDO MENDEZ PINTO; | Die hy de tijt van eenëntwintig Jaren in Europa, Asia en | Afrika, | in de Koninkrijken en Landen van Abbissyna, China, Iapon, Tartarien, | Siam, Calaminham, Pegu, Martabane, Bengale, Brama, Ormus, Batas, Queda, | Aru, Pan, Ainan, Calempluy, Chochinchina, en byna ontellijke | andere Landen en plaatsen gedaan heest. | [...] | Nieuwulijhs coor J. H. GLAZEMAKER, vertaalt; en met cierelyke kopere Platen vereciert.- t’Amsterdam: Voor Jan Hendriksz en Jan Rieuwertsz. Boekverkopers, 1652.- [6], 280 p.: 1 portada grav., [7] gravuras; 20 cm.- E.
Fernão Mendes Pinto (1510/14-1583), célebre viajante e aventureiro, era natural de Montemor-o-Velho. Em 1537 partiu para a Índia, tendo permanecido no Oriente cerca de 21 anos. A “Peregrinação”, relato fantástico das suas atribuladas aventuras, foi publicada por iniciativa de Fr. Belchior Faria, 31 anos após a sua morte, a partir do manuscrito original legado pelo autor à Casa Pia dos Penitentes. Exemplar com forte acidez e algum manuseamento, mas completo e sólido, da raríssima primeira edição em língua holandesa, ilustrada com sete gravuras a talhe-doce e um frontispício gravado. Todas as gravuras estão correctamente colocadas, conforme a indicação que têm no canto superior direito. O texto é quase integralmente impresso em caracteres góticos e nele se suprimiram os capítulos referentes a São Francisco Xavier, que não eram bem aceites nos Países Baixos, país à época predominantemente calvinista. O erudito bibliógrafo Fr. Francisco Leita de Faria (As muitas edições da «Peregrinação» de Fernão Mendes Pinto, Lisboa, 1992, p. 91) apenas conseguiu localizar um exemplar em Portugal (na Colecção Jorge de Brito), seis nos Países Baixos, um na Alemanha e um nos Estados Unidos da América. Ex-líbris falante circular, com as iniciais BL, não identificado. Encadernação da época, inteira de pergaminho rígido, conservando as guardas originais em papel avergoado branco. Leite de Faria, 54-1.